Nesta semana, a Secretaria de Saúde anunciou que as unidades de Estratégia Saúde da Família (ESFs) Vila Santos e São José passaram a realizar o serviço de inserção de Dispositivo Intrauterino (DIU) de cobre. O serviço possibilitado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é uma alternativa contraceptiva sem hormônios e não-cirúrgica.
Segundo a secretária adjunto de Saúde, Ana Seerig, a novidade é voltada para as mulheres dos territórios de abrangência das ESFs Vila Santos e São José e foi possível em razão da formação de médicos do município que realizam residência em Medicina de Família e Comunidade:
– No setor especializado na Saúde da Mulher do município, esse serviço já era uma realidade. Agora, também será oferecido em unidades descentralizadas. Por enquanto, apenas as mulheres do território de responsabilidade das ESFs em questão poderão ser atendidas. Mas, torcemos para que, em breve, o serviço possa se expandir.
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Ainda, em entrevista à rádio CDN, a secretária explicou que, até o momento, não existem critérios de exclusão para as interessadas na aplicação do DIU. Assim, mulheres em idade fértil dos territórios de abrangência podem comparecer às unidades e entrar em uma lista de agendamento.
– De um modo geral, as equipes das duas unidades já tem um mapeamento desses pacientes. Mas, caso haja outras interessadas, é possível comparecer nas ESFs e aguardar por um agendamento prévio, como exames ginecológicos. Posteriormente, é feita a inserção do DIU e a paciente é encaminhada ao setor de Saúde da Mulher, para fazer ultrassom de verificação de posicionamento do dispositivo e saber se está tudo bem – explica Ana.
A primeira inserção possibilitada pelo serviço da Secretaria de Saúde ocorreu há cerca de um mês. A paciente segue em acompanhamento e não apresenta rejeição ao DIU, nem anormalidades neste período.
De acordo com o poder público, a ideia é que mais unidades de saúde passem a ofertar o serviço.
Alternativa sem hormônios
O DIU de cobre é um dispositivo intrauterino, em forma de “T” ou “Y”, feito de plástico e libera cobre para aumentar a ação contraceptiva. Na inserção, é introduzido no útero para impedir a gravidez.
Para Ana Seerig, o dispositivo é uma alternativa a métodos contraceptivos mais populares, como o anticoncepcional que tem hormônios. Além disso, o DIU tem uma alta durabilidade se comparado a outros métodos.
– Facilita bastante para aquelas mulheres que não querem ou não podem tomar as pílulas carregadas de hormônios. E, dependendo do DIU, dura em média dois anos. Então, é uma alternativa interessante para ofertar. E nosso papel é justamente esse: ter uma variedade de métodos contraceptivos para as mulheres poderem optar – explica.
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